Thursday, December 13, 2007

Mas é frustrante até demais não passar por causa da prova de Portugês. Não, de verdade. É ridículo. Me falaram em sabotagem, me falaram que fui bem, me falaram que nem vale a pena se estressar com vestibular. Não sei bem em quem acreditar, mas a verdade é que é a última coisa na qual eu quero pensar no momento. Tenho sentido falta de ler coisa boa, boa de não querer terminar o livro. E honestamente, quando tu tem uma aula sobre um livro a última coisa que tu quer fazer é ler o tal livro. Tentei ler todos antes das aulas, mas nenhum deu certo - porque aula, trabalho, aula. O negócio é que as aulas - que dou - estão chegando ao fim, e só depois vem o reveillon, a federal, e tudo isso que exige esforço físico.
Por fim, confere o o podcast desses caras aqui http://braillehits.blogspot.com/ .

Sunday, October 21, 2007

A Feira do Livro sempre foi um dos eventos - se não o - mais importantes do ano, pra mim. E me lembra muito aquelas tardes que se passa na casa da amiga, jogando videogueime e comendo o lanchinho que a empregada preparou. Tenho me recordado muito dessas tardes ultimamente. Elas têm aparecido nos momentos mais inesperados, também - por exemplo, quando li no Correio sobre a Feira e criei esse post todo.

Wednesday, October 10, 2007

De tanto trabalhar, ando cansada e sem muito tempo. Aquela sensação de que se dorme pra acordar, se acorda pra dormir. Uma falta de leveza no diariamente. Aí resolvi que ir ao teatro era a melhor opção, e fui. Vi Margaridas Enlatadas, ali na Alziro Azevedo. Boa peça, pra mim que gosto de ver as idéias dos outros sobre as coisas que leio. Diria pra irem ver (mas a temporada já acabou), porque gosto também de debater com quem leu e viu.

Saturday, September 29, 2007

Eu sempre gostei de escrever cartas. Escrevia cartinha pra todo mundo (se tu não ganhou também não quer dizer que eu não goste de ti), e agora me voltou a mania. Acho que o que me atrai é a idéia de um pedacinho de papel cruzar continentes e passar pelas mãos de tantas pessoas. Tem também o fato de que esse papel estava ali, no meu caderno, e vai estar aí, na tua pasta, quando tu leres e decidires que vale a pena guardar (ou não). Ano passado eu escrevi pra algumas pessoas daqui freqüentemente, mas algumas cartas eu sei que nunca chegaram. E essa é uma das piores decepções que há. Tu vai lá e escreve uma carta com todo o capricho e emoção e aí o sujeito lá responsável por essas coisas resolve que não tem selos o suficiente pro peso, ou que o meu cedilha parece um sinal de vazio e que então a carta não pode seguir adiante. Daí eu recebi de volta uma dessas e trouxe comigo. Tá ali no meu quarto, em cima duma mesinha, esperando a coragem pra ser levada pessoalmente. É uma sensação estrnha, essa de ter algo que nem se sente mais escrito, como em pedra, te olhando, te lembrando daquele exato momento - do qual ela nem precisaria ser lembrada´, a imagem na retina - em que tu escreveu as palavras mais bonitas que tu encontrou.

Monday, September 24, 2007

Casa é onde a gente quer que seja, ou pelo menos é o que eu penso. Claro que tem gente que só se sente em casa quando sente o cheiro do seu travesseiro, e não suporta mais de dois dias num hotel mas a minha casa tem sido muito dentro de mim, ultimamente. É que quando a gente se solta pra vida, tem um pouco de medo de se perder, então leva tudo de valioso (ou sagrado) consigo - e assim também se aprende a discernir o essencial do supérfluo.
Tenho aplicado a teoria da simplicidade pro resto da vida, também. Coisas, pessoas, ações. Saio quando realmente tenho vontade, vejo quem eu quero e tenho prazer em ver. Cuido do que é especial, e parei de dar atenção àquilo que não me faz bem.
É uma peneira fina pra algumas coisas, mas que relaxa em outras. Felicidade não falta.

Wednesday, May 23, 2007

Trabalhar de verdade, nunca tinha trabalhado. Assim, trabalho que exige total esforco mental - e, as vezes, fisico - e a minha atenção constante. Antes eu tinha trabalhado numa lojinha de decoração ali na Fernandes, mas eu passava mais tempo lendo do que qualquer outra coisa. Agora não. Agora tem que pensar e ler a respeito, planejar a aula e jogos que prendam a atenção do pessoal. Tem que fazer relatório e manter as chamadas em dia, pra mostrar pra chefe na reunião.
É que eu gosto de gente. Gosto de ensinar também, mas sei que dar aula de inglês não é lá um grande talento, que qualquer um pode fazer e tudo mais. Mas eu acho que não é nada mal. Me dá uma graninha só minha, me faz pensar sobre tópicos que eu jamais pensaria ( claro que alguns dias são bem cretinos, como "superstar life", "ovnis" e, pior de todos, "daily life & routine") e me dá a oportunidade de ver as minhas próprias falhas. Mas o melhor de tudo é o excercício da paciêcia e do carisma. Porque pra ser carismático tem que ser paciente e ir deixando as coisas acontecerem, na minha opinião. A idolatração dos alunos e até as eventuais cantadas (que não deixam de levantar a auto-estima) se tornam secundárias perto da realização de que se está conseguindo ensinar algo à alguém, no ritmo da pessoa, sem nenhum obstáculo. Bem mágico.

Friday, May 04, 2007

"Today's fortune"

Nao tem quem possa prever o meu destino. Que eu gosto de muita coisa eu ja sabia, mas que eu posso faze-las, nao. Entao nao sei se vou fazer vestibular pra Historia e apostar todas as fichas na diplomacia, ou Relacoes Internacionais ou Sociologia e tambem tentar Rio Branco, ou o governo federal. Ou fazer Fotografia ou Teatro. Ou Letras. Ou. Nao e' um grande problema, mas me incomoda nao saber mais o que eu quero.
Comeco a trabalhar de verdade dia 14, e ate la, as fotos sao esporadicas, mas intensas. Quarta-feira foram quatro horas de esportes. Baseball, lacrosse, atletismo, tenis e softball. As fotos tao todas na internet, mas nao tem credito pras minhas. Esse finde e' familia & ermã em Indianapoli-polis.

Monday, March 05, 2007

Nao e' que nasceu, a guria!? Primeiro de março e', entao, o dia da Martina. Dia, tambem, que eu me mudei pra casda dos Mendelsohns. Nasceu de manha e eu so' fiquei sabendo 'as dez da noite. Mas o que me impressionou mais foi ver, ontem, a Martina mexendo os pezinhos minusculos, as maozinhas; a boca, abrindo e fechando num berreiro quase calmo. Nao creio que criaturinhas assim saem da barriga de outras pessoas que tambem foram uma criaturinha assim. Quero muito, muito segurar ela no colo e sentir aquele cheiro de bebe e fralda.

France


Fui e voltei. Oito dias de esqui, nonstop, das 8h as 16h. E esqui no Mont-Blanc. E' que a familia tem um chateau em Les Contamines, um vilarejo perto de Chamonix e Megeve, onde passam as ferias. Lindissima paisagem acima de tudo, e comida que eu ja nao estava maisa costumada. Queijo de verdade, alface de verdade, pao de verdade.E as pessoas tambem gostam de mostrar que sao de verdade, e as demontracoes publicas de afeto nao sao cortadas com algum idiota dizendo"get a room!"(mesmo se sao duas garotas conversando muito de perto), como sao aqui. De uma maneira bem geral, a França me despertou um (mais) intenso desejo de conhecer o resto da Europa - que e' muito positivo, porque e' pra la que eu vou em junho.

Thursday, January 25, 2007

Pois bem, o ultimo post foi um fracasso. Trata-se de um conto baseado no livro "Nick Adams Stories", do Hemingway. Pois bem. Entrei pro musical do colegio, que vai ser "My Favorite Year". Dessa vez eu tenho um papel pequeno (Steam Heat Dancer) e que nao vai me gerar muitas preocupacoes. Ferias de fevereiro serao em Chamonix-Mont Blanc, na França. Comecei a reler o Particulas Elementares, do Houllebecq e me lembrei da primeira vez que eu li, em onibus lotados e tardes quentes. Vou fazer um favor pra voces e nao descrever toda a melancolia. Tambem estou lendo "A Biblia Envenenada", Barbara Kingsolver. Leiam.

Wednesday, January 17, 2007

anglófonos, deliciem-se.

The sun touched the window at the Majestic Hotel a little bit before ten. Jacob could feel the warmth coming from the curtains. He didn’t want to get up. The sweat in his back and the wet sheets made him feel stuck. The day was very hot. The room was invaded with his smell, he thought. The light breeze in the outside stayed in the outside. He didn’t want to move. Jacob lifted his head and saw the rest of the room. The bed next to his was untouched, the cabinet drawer was open and a hand held the remote control. His father was asleep at the couch, and had in his lap a TV guide. The noise from the TV annoyed him.
Jacob sat up in the bed for a few seconds, waiting for something to happen and make him move forward. He remembered one time his father rented a house a few feet away from the sea, and the afternoon they arrived Jacob wanted to go back home because he was afraid the ocean was going to take the house away.
He open his eyes as widely as he could and tried to wake himself up, passing his hands in his very dark hair. His knees cracked as he got up in his feet. He was a tall young man. Jacob turned the TV off and turned around to see what reaction would the old man have. His face was wrinkled and hairy, and you could see the wholes that age had carved on his visage. He moved. Jacob moved to, so that his father could know he was awake.
He chose the refrigerator. Opened the door and started counting the spaces the bottles had left. There were four bottles in the ground, next to the couch, and one was probably on the couch. He grabbed the greasy milk carton and tried to make as much noise as possible while closing the refrigerator door. His milk wasn’t as cold as he wished it were. Jacob sat against the wall, his legs touching the cold floor. He could watch his father’s lips moving slowly and his hands looking for his glasses. He seemed scared.

“Good morning.”
“Good morning, dad.”
His father’s breath could be heard from outside of the room, Jacob thought.
“It’s a sunny day outside.”
“Yes, it is.”
“Do you want to go out for breakfast? Have a nice omelet and some good beef? What do you say?”
Jacob’s father said that loudly.
“I’m pretty good.”
Jacob didn’t feel hungry at all.
His father was tying his white snickers, sitting on the edge of the straightened bed. He would, after that, comb his hair, that was scarce, and be ready in a minute.
“You should open this windows. Fresh air is good for you.”
The old man got up, pulled a comb out of the cabinet drawer and started combing his thin hair. As he lifted his arms you could see the sweat spots in the back of his shirts and in his armpits. His breath could be heard from outside the hotel.
Jacob reached for his knee and felt the sweat on it. He had walked towards the bathroom, a tight bathroom, and was washing his face. It was a hot day. The cold water got into his hair and ears, and he liked the feeling, still wet, but fresh.