Saturday, September 29, 2007

Eu sempre gostei de escrever cartas. Escrevia cartinha pra todo mundo (se tu não ganhou também não quer dizer que eu não goste de ti), e agora me voltou a mania. Acho que o que me atrai é a idéia de um pedacinho de papel cruzar continentes e passar pelas mãos de tantas pessoas. Tem também o fato de que esse papel estava ali, no meu caderno, e vai estar aí, na tua pasta, quando tu leres e decidires que vale a pena guardar (ou não). Ano passado eu escrevi pra algumas pessoas daqui freqüentemente, mas algumas cartas eu sei que nunca chegaram. E essa é uma das piores decepções que há. Tu vai lá e escreve uma carta com todo o capricho e emoção e aí o sujeito lá responsável por essas coisas resolve que não tem selos o suficiente pro peso, ou que o meu cedilha parece um sinal de vazio e que então a carta não pode seguir adiante. Daí eu recebi de volta uma dessas e trouxe comigo. Tá ali no meu quarto, em cima duma mesinha, esperando a coragem pra ser levada pessoalmente. É uma sensação estrnha, essa de ter algo que nem se sente mais escrito, como em pedra, te olhando, te lembrando daquele exato momento - do qual ela nem precisaria ser lembrada´, a imagem na retina - em que tu escreveu as palavras mais bonitas que tu encontrou.

2 comments:

Anonymous said...

A palavra escrita é mais legal. Papel também, enfim.

O ruim da carta é que como não tem aquela obrigação de responder rápido como email, a gente acaba deixando pra depois e nunca manda.

Ao menos comigo acontece assim.

Unknown said...

aposto que eu nao ganhei uma porque tu nao gosta de mim ._.